" A mi no me ofende que por hablar mucho me llamen loco, Tú dices poco porque sabes poco!"
Calle 13

sábado, 16 de março de 2013

Há 45 anos os EUA massacravam 500 inocentes no Vietnâ

Massacre de My Lai

Neste Sábado se completam 45 anos do massacre de My Lai, a aldeia vietnamita em que no dia 16 de março de 1968, o exército dos Estados Unidos assassinou friamente cerca de 500 moradores do vilarejo, a maioria eram idosos, mulheres e crianças, incluindo muitos bebês, todos estavam desarmados.
Antes de serem mortas, algumas das vítimas foram estupradas e molestadas sexualmente, torturadas e espancadas. Alguns dos corpos também foram mutilados.



Em 4 horas os soldados estadunidenses, sobre ordens do tenente Willian Calley mataram todos os animais, violaram as mulheres, queimaram as casas, assassinaram os homens e trucidaram as crianças, foi o maior massacre de civis ocorrido na guerra do Vietnã.  
Cerca de 20 pessoas sobreviveram fingindo-se de mortos e passando horas entre os cadaveres, 4 aldeias foram totalmente destruídas e reduzidas a cinzas.

2 sobreviventes do massacre falaram ao jornal "El País" em 2008, descrevendo um pouco deste horror:


"Eram muitos soldados, aproximaram-se da casa atirando nas galinhas e os patos. Matavam tudo o que viam. Sentimos um medo atroz. Na casa, estávamos minha mãe, minha filha de 16 anos, meu filho de seis e eu, que estava grávida. Apontaram suas armas para nós e pediram que saíssemos e fôssemos até o açude. (...) Havia muita gente no açude. Empurraram-nos para dentro dele a coronhadas. Juntávamos as mãos e implorávamos para que não nos matassem, mas eles começaram a disparar. Senti como se as balas me mordessem nas costas e na perna, vi como elas arrancaram metade do rosto de minha filha, e então desmaiei. O frio me devolveu a consciência. Meu filho pequeno jazia a meu lado. Não conseguia andar. Arrastei-me para chegar à minha casa e beber água porque estava com uma sede terrível. No caminho encontrei os corpos nus de muitas jovens. Eles as haviam violado e assassinado"
- Ha Thi Quy, 83 anos em 2008.

"Ainda ouço com nitidez os gritos dos soldados que irromperam em minha casa naquela manhã. ‘Tudi maus, tudi maus!’ Não sei o que isso queria dizer. Nem sei se era inglês ou uma imitação de vietnamita, mas era o que gritavam enquanto apontavam para nós e faziam sinais para sairmos. ‘Tudi maus, tudi maus!’ Minha mãe me disse para fugir e me esconder. Minhas irmãs corriam atrás de mim seguidas pela minha mãe com meus dois irmãos pequenos; o menor, tinha dois anos. Quando íamos entrar no abrigo, nos metralharam. Seus corpos caíram sobre mim".
- Cong Pham Thanh, que tinha onze anos no dia do massacre.


Dois anos depois o jornalista estadunidense Seymour M. Hersh publicou uma reportagem que revelou a seus compatriotas aquele acontecimento.
Aquela tragédia comoveu aos norte americanos e ao resto do mundo e teoricamente marcou desde então, um antes e depois no julgamento dos crimes de guerra modernos, pelo menos os crimes que são revelados.


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