***ENTREVISTA: C.H.O.K.E***-->Otavio Lourenço

A banda curitibana C.h.o.k.e tem mais de 10 anos de estrada, além dos shows em território nacional, tocou diversas vezes em vários países da América do Sul, onde tem muitos fans, é uma das bandas mais pesadas do Paraná e conforme foi anunciada em sua ultima apresentação na Bolívia, é uma das formações mais pesadas que surgiru em terras brasileiras, entrevistei o vocalista e líder da banda, Otavio Lourenço


-O que levou a criação do C.h.o.k.e.?
Otavio- A banda foi formada em 98, com a intenção de fazer um som sem rótulos focando sempre o Rock e a cena musical latina, expressando e explorando as nossas influências e experiências da música e de nossas vidas. Todo nosso trabalho é voltado ao nosso continente latino americano.


-As letras do C.h.o.k.e. basicamente falam sobre a integração na América do Sul, o que o C.h.o.k.e. busca com as letras?
Otavio- Uma consciência política e ideológica sobre nossos costumes, cultura e folclore latino americano, ressaltando nosso momento atual, buscando uma integração latino americano, sem deixar de citar as vitórias e conquistas do nosso continente.


-Quais as maiores influências do C.h.o.k.e?
Otavio - Napalm Death, Sepultura, Ratos de Porão, Control Machete e toda a história e cultura do continente Latino Americano.


-Com mais de 10 anos de estrada o C.h.o.k.e já fez diversas turnês por toda a América Latina, como você descreve tocar em outros países?
Otavio-Com certeza o mais legal de todo esse tempo de carreira, são as experiências dos shows, as pessoas e as amizades que fizemos durante todo estes anos e também conhecer e tocar com várias bandas que acompanhamos e gostamos muito, essa troca de experiência e conhecimento de outras culturas, apesar de estarmos na mesma América, tem diferenças são bem grandes. Mas é incrível poder viver e conhecer tudo isso.


-O C.h.o.k.e. já dividiu o palco com grandes bandas do estilo como Sepultura, Korzus, RDP, Garotos Podres, Grito, Cólera entre muitas outras, existe alguma outra grande banda que um dia você queira dividir o palco?
Otavio-São várias bandas e artistas que gostamos muito, mas seria uma realização tocar-mos com Aterciopelados (Colômbia), Molotov (México), Carajo (Argentina) entre outras.


-O cd “Slum Radio” teve participação do Doze (Pavilhão Nove) e teve produção e participação do João Gordo (RDP), vocês inclusive ficaram hospedados neste tempo na casa do Gordo, como foi a experiência?
Otavio-Foi a realização de um sonho, pois desde infância somos fans do Ratos de Porão e foi uma grande experiência musical para o C.h.o.k.e ter a produção e participação no “Slum Radio” do Gordo, ficamos os quatro dias na casa dele ouvindo muito Grindcore e Hip-Hop, tomando muita coca-cola, panetone e coisas ilícitas. Também teve a participação especial do nosso amigo Doze do Pavilhão Nove que fez a letra e participou da gravação da musica “quanto custa à liberdade”. Além da experiência que foi muito legal, o disco teve repercussão mundial.


-O C.h.o.k.e. é reconhecido por vários países da América do Sul, lá fora é bem ovacionado, mas aqui no Brasil o público não dá tanto valor para bandas nacionais, qual sua opinião sobre isso?
Otavio-O povo lá ao mesmo tempo em que é mais bairrista com a música latina é aberta e gosta muito da música brasileira em geral, sempre tivemos e temos um grande espaço em toda mídia da América Latina, como jornais, TV e rádio. No Brasil a cena, ainda fica restrita ao cenário underground, pelo fato do rock não ser um estilo musical neste país.


-Já que estamos falando em mídia, TV, etc., qual sua opinião sobre a mídia nacional e suas influências?
Otavio-Primeiro que a TV é uma concessão pública e estas empresas utilizam esta concessão que foram adquiridas de forma irregulares e obscuras, atendendendo somente os seus próprios interesses, fazem de tudo e vendem tudo sem ética ou imparcialidade, por dinheiro e por manipulação, a qual interessa em certo momento, seja politicamente ou ideologicamente. A poucos espaços para opiniões de interesses reais do povo. Requião tem razão!


-E como você vê a guerra entre as duas maiores emissoras de TV no momento?
Otavio-O bispo usa e utiliza à inocência e a boa vontade de pessoas em sua maioria humildes vendendo o nome de Deus, a outra vende a vida perfeita sem conflitos só que no final buscam a mesma coisa, dinheiro e exploração e alienação.


-Do primeiro disco “Manifest” para o ultimo trabalho “Latino Revolution”(que está em gravação, mas eu já tive oportunidade de ouvir algumas músicas) percebe-se uma mudança de musicalidade, como você avalia a mudança do estilo?
Otavio- A evolução é natural, no primeiro cd nosso som é basicamente grindcore com o passar do tempo e da estrada a musicalidade vai tendo novos direcionamentos no nosso som e hoje alcançamos nossa maturidade musical e colocamos todas as fases e influências na nossa música atual, nosso som hoje tem momentos de Cypress Hill à Soufly.


-Quando sai o “Latino Revolution”?
Otavio-Novembro de 2009 estaremos tocando e lançando o “Latino Revolution” que esta como uma sonoridade bem legal e algumas participações especiais como do “Mocambo”.


-Quer deixar algum recado praqueles que estiverem lendo esta entrevista neste blog aqui?
Otavio-Quem quiser ouvir uma amostra do nosso novo Cd tem uma música disponível em nosso Myspace (myspace.com/chokebrazil), agradecemos





C.h.o.k.e. - Cannibal Holocaust - Produção Rene Singer


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