Chile: Não se pode homenagear a um assassino!!!

No último dia 10 de junho, milhares de pessoas foram as ruas de Santiago para protestar contra uma homenagem ao general Augusto Pinochet, ex-presidente-ditador do Chile, que assumiu após o golpe de 11 de setembro de 1973, golpe este apoiado e idealizado com apoio dos EUA, que terminou com o suicídio do presidente socialista Salvador Allende após a invasão dos militares ao Palácio de la Moneda. Allende, eleito democraticamente pelo povo chileno, foi o primeiro presidente de república e primeiro chefe de estado socialista marxista eleito democraticamente na América latina e isso era inadmissível para os EUA, já que com o exito da revolução Cubana, outro país socialista em sua "área de influência" seria uma grande ameaça, lembrando que nesta época (anos 70), na América do Sul, apenas Chile, Venezuela e Colômbia possuíam estados de direito, com governos eleitos pelo povo, os demais estavam na mão dos militares, implantados e comandados por Washington. Foi uma época onde milhares de pessoas foram mortas e torturadas, uma triste parte da história.

No Chile, calcula-se que o número de mortos e desaparecidos do governo Pinochet esteja próximo a 50.000 pessoas, ainda assim algumas pessoas (a maioria com ligações militares) compareceram a homenagem ao assassino, o que causou muita revolta e confusão, fortemente reprimida pelos "carabineiros chilenos".

Veja  vídeos mostrando o protesto contra a homenagem e a repressão policial.