Assista a algumas cenas, com música de Ensemble Tengir, do Quirguistão, da viagem realizada pelo alpinista Samuel Mansfield pelo Corredor Wakhan, no nordeste do Afeganistão. Entre as aventuras está a escalada do Pico Karl Marx, com mais de 6.500 metros de altitude. A área, inacreditavelmente bonita, fica entre as cordilheiras de Pamir e Hindu Kush e faz fronteira com China, Tadjiquistão e Paquistão. As imagens contrastam com a imagem negativa que a imprensa mundial divulga sobre o país.
Além do Pico Karl Marx, outros revolucionários, como Engels, são homenageados ao longo da geografia do Corredor Wakhan.
O Wakhan foi concebido geograficamente para separar os impérios britânico e russo no século 19 e agora se destaca como uma das fronteiras internacionais mais obscuras. A discordância política, a mistura de viajantes que passam pela região e ambiente inóspito -- os invernos costumam ter neves espessas e temperaturas de até 15 graus negativos -- fizeram com que uma cultura e língua distinta se desenvolve-se na área.
Nas altitudes mais baixas estão os povos Wakhis, uma comunidade que depende da agricultura de subsistência, cultivando principalmente batata e trigo. Eles falam variedades da língua wakhi (onde dialetos da aldeia são muitas vezes indecifráveis uns dos outros), derivados de várias línguas iranianas. Nas altitudes mais elevadas está a pastoral do Quirguistão, onde geralmente habitam sunitas que falam uma língua de origem turca.
Rota de comércio da antiguidade
O vale constituíu uma rota de comércio na aniguidade. Acredita-se que tanto Alexandre, o Grande, e Marco Polo a utilizaram em suas viagens. O português e padre jesuíta, Bento de Goes, cruzou o Wakhan até a China entre 1602 e 1606. Em 1906, Sir Aurel Stein, relata que mais de 100 cargas de pônei e bens subiam anualmente o Wakhan até a China.
Até hoje caravanas de camelos ainda pode ser vistas percorrendo a rota e os restos de fortificações que existem na região.
Fonte: Vermelho.org
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